• Dona Emília Guest House

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27 / 01 / 2017
Dona Emília Casa de Hóspedes é um novo espaço de alojamento turístico no centro histórico de Viana do Castelo, em plena Praça da República.

Trata-se de um projecto idealizado pelo casal Nuno Marinho Freitas (arquiteto) e Rute Esteves (educadora e performer) e nasce num edíficio centenário, com um conceito diferenciador e singular, apostando numa matriz de conforto e design, com um twist familiar e, ao mesmo tempo, uma forte dinâmica cultural. A sua essência é simultaneamente os afectos, as artes e a cultura, apostando numa experiência de alojamento única e personalizada.

A ideia do nome foi inspirada nas memórias da Dona Emília Freitas e surge da vontade dos anfitriões, Nuno Marinho Freitas, o neto, e Rute Esteves, a esposa, de lhe prestar homenagem. Com quase 90 anos e uma vida plena, a Dona Emília, como simplesmente é conhecida em Viana, onde, além de fadista e cozinheira exímia da gastronomia regional, foi também costureira e modista, é principalmente recordada e acarinhada por, durante vários anos, ter alugado quartos, acolher resistentes da luta contra a ditadura e batalhar pelos direitos da mulher.

Com janelas e varandas amplas e muito iluminadas, que se abrem sobre a Praça da República, o Museu do Traje e o Templo de Santa Luzia, a guesthouse é composta por três pisos e três frentes e dispõe, igualmente, de três quartos, (transformáveis) e três suites, com nomes que recordam as vistas: Praça, Traje e Luzia. As áreas comuns incluem, no rés-do-chão, uma galeria de arte, garagem de bicicletas e loja de artigos (resultado de uma parceria com artesãos e artistas de Viana) e, no primeiro andar, uma ampla cozinha e salão open space com um pequeno jardim interior. No centro do edíficio, uma enorme escadaria sobe em direcção ao segundo andar, onde se situa a biblioteca e uma galeria privada e sobressai uma enorme clarabóia.

A construção, datada de 1904, mantém a traça original e conserva estuques, escaiolas e madeiras dignas dos melhores mestres da época. Um conceito que o anfitrião Nuno Marinho Freitas, formado em arquitetura na Escola Artística do Porto, e responsável pela concepção da decoração, quis vincar nos espaços.

Na criação dos ambientes três ideias foram essenciais: preservar, restaurar e valorizar. O projecto, pensado para agradar na comodidade, no estilo e no carácter, baseou-se principalmente na reutilização de materiais e na recuperação de peças vintage, , habilitando os interiores com um conforto especial digno das mais belas e saudosas casas dos anos 60.


 
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